sexta-feira, 3 de outubro de 2008

"Nenhum dos arguidos merecia prisão efectiva"


O líder nacionalista Mário Machado, condenado a quatro anos e dez meses de prisão efectiva por discriminação racial e outros crimes, mostrou-se revoltado com a sentença. O advogado já anunciou que vai recorrer.

"Tenho consciência do que fiz. Nem eu nem nenhum dos arguidos merecíamos a prisão efectiva. Isto foi um processo político. Quem merecia estar na prisão eram os ciganos e os pretos que andam aos tiros, como aconteceu na Quinta da Fonte (Loures), e ninguém foi acusado de racismo", disse Mário Machado aos jornalistas.

"Os casos de racismo em Portugal continuam a acontecer contra a comunidade branca e nunca ninguém foi alvo de processo", acrescentou.

"Fui a tribunal, depois de quatro anos de investigação, e não apareceu nenhum negro, cigano ou brasileiro a acusar-me de qualquer tipo de crime e fui condenado", disse ainda, exaltado.

"É a liberdade de expressão que temos apenas para opiniões permitidas. Ficou mais uma vez provado que é perigoso estar certo quando o Governo está errado", concluiu.

"Factos provados são bagatelas penais"

O advogado de Mário Machado, José Manuel Castro, disse logo após o final da leitura do acórdão que iria apresentar recurso da decisão.

"Considero que a pena aplicada é exagerada, porque os factos provados são bagatelas penais. Não houve mortes, nem roubos. As armas apreendidas não serviram para cometer nenhum crime. Por isso mesmo vamos recorrer", afirmou.

"Processo político nunca antes visto"

No final da sessão, o líder do Partido Nacionalista Renovador, José Pinto Coelho, classificou este julgamento como "um processo político nunca visto em Portugal".

"Este processo é uma perseguição a nacionalistas, está inquinado e cheio de arbitrariedades. É uma autêntica vergonha", afirmou Pinto Coelho, para quem "a culpa de os portugueses estarem cada vez mais inseguros deve-se à imigração descontrolada e às fronteiras abertas".


Informação Retirada de: JN

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