domingo, 12 de outubro de 2008
John McCain acusado de promover ódio racial
Um dos líderes da luta pelos direitos civis, John Lewis, acusou o candidato presidencial republicano de «lançar sementes de ódio e divisão» com os repetidos ataques da sua campanha contra Barack Obama.
«O senador McCain e a governadora Palin estão a brincar com o fogo, e se não tiveram cuidado, esse fogo vai queimar-nos a todos», alertou John Lewis, um dos ícones norte-americanos da luta contra o racismo.
As declarações de Lewis surgem depois de Sarah Palin, a número dois do republicano John McCain, ter acusado o candidato presidencial democrata, Barack Obama, de «andar com terroristas», numa referência à alegada amizade deste com um antigo activista da extrema-esquerda, que hoje é professor universitário.
Sexta-feira, a campanha dos republicanos atingiu um tom particularmente agressivo quando vários apoiantes de McCain chamaram «árabe», «terrorista» e «traidor» a Obama durante um comício no Minnesota, apesar do republicano ter condenado essas afirmações.
John Lewis afirma que as palavras utilizadas pela campanha de McCain são «tóxicas» e que estas podem provocar «comportamentos destrutivos» por parte dos seus apoiantes.
O activista declarou ainda que o tom da campanha o fez lembrar das afirmações incendiárias do antigo governador do Alabama nos anos 60, quando as divisões raciais no Sul dos Estados Unidos levaram aquele estado à beira da guerra civil.
John McCain já respondeu a Lewis: «Lamento que um homem que sempre admirei fizesse um ataque tão infundado e agressivo ao meu carácter».
A campanha republicana sofreu outro duro golpe este fim-de-semana, depois de uma investigação da legislatura do Alasca ter concluído que Sarah Palin, actual candidata à vice-presidência dos EUA, cometeu «abuso de poder» enquanto governadora daquele estado polar.
Palin desmente a acusação, referente ao afastamento do chefe do departamento de Segurança do estado, que se terá recusado a despedir um chefe da polícia com quem a família da governadora mantinha um conflito pessoal.
Fonte: SOL
Postado por Nuno Teixeira
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