quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Espanha corta empregos para imigrantes.


O governo espanhol reduziu praticamente a zero a lista de ocupações de difícil cobertura, usadas para contratar imigrantes nos países de origem, eliminando empregos na área da construção, serviços e agricultura.

Os cortes - que vão afectar a maioria dos postos preenchidos por imigrantes - inserem-se em medidas anunciadas em Setembro pelo governo espanhol para adequar todos os programas de emprego em vigor no país à actual conjuntura económica.

Entre as medidas previstas, uma das que suscitou mais polémica foi a defendida pelo ministro do Trabalho, Celestino Corbacho, de cortar a contratação nos países de origem, feita através de uma lista de "profissões de difícil cobertura".

"Não parece razoável que com 2,5 milhões de desempregados continuemos a recorrer à contratação na origem", disse Corbacho, explicando que no ano passado vieram para Espanha 200 mil trabalhadores contratados na origem.

Essa lista serviu desde 2005 para a contratação no estrangeiro de mais de 454 mil imigrantes e só na primeira metade deste ano para contratar mais de 88 mil.

A proposta de redução da contratação na origem foi fortemente contestada, com várias forças da oposição, sindicatos e outras associações a afirmarem que só serviria para estimular ainda mais a imigração ilegal.

O governo defendeu já a decisão afirmando que foram detectados bastantes casos de empresas que contratavam trabalhados no exterior para os despedirem quando começavam a acumular direitos, voltando ao mercado exterior para novas contratações.

Esse tipo de práticas foi detectada em particular no sector de serviços, o que mais imigrantes contratou e também um dos mais afectados pela crise económica.

Info de JN

Publicado por Lord ss 14/88

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