quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Sem a Democracia põe-se tudo na ordem.
É uma autêntica tempestade política. A ironia da líder do PSD sobre a suspensão da Democracia em Portugal por seis meses mereceu ontem críticas de todos os quadrantes políticos, incómodo interno e, por fim, um esclarecimento do secretário-geral do partido, Marques Guedes.
A polémica começou ao almoço, quando Manuela Ferreira Leite foi questionada na Câmara de Comércio luso-americana sobre o que mudaria na reforma da Justiça. Defendendo as classes profissionais, Ferreira Leite respondeu com ironia: 'Quando não se está em Democracia é outra conversa, eu digo como é que é e faz-se. E até não sei se a certa altura não é bom haver seis meses sem Democracia, mete-se tudo na ordem e depois então venha a Democracia.'
A frase mereceu risos e um aplauso na sala. Depois, a líder do PSD concluiu que 'em Democracia efectivamente não se pode hostilizar uma classe profissional'.
Estas palavras levaram alguns deputados do PSD a contestar, em surdina, a ironia equívoca da líder.
Pedro Passos Coelho defendeu que a líder do PSD deveria corrigir o tiro e procurou apaziguar a polémica. 'Todos temos melhores e piores dias', disse Passos Coelho, depois de o líder da bancada socialista, Alberto Martins, ter classificado as palavras de Ferreira Leite de antidemocráticas.
Por fim, Marques Guedes esclareceu que 'Ferreira Leite estava a fazer uma crítica à forma autoritária, errada, de governar do engenheiro Sócrates'. E atacou o PS por uma reacção imprópria e deslocada.
Info de CM
Publicado por Lord SS 14/88
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