Redução de vagas para não-comunitários admitida pelo Governo divide oposição.
Lisboa, 13 Mai (Lusa) - A intenção do Governo de reduzir as vagas disponíveis para os imigrantes não-comunitários divide a oposição, com o CDS-PP a mostrar-se favorável e os partidos de Esquerda a criticarem o que consideram ser uma cedência política à direita.
O cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda às europeias, Miguel Portas, considerou que a intenção, admitida pelo Governo, de reduzir o limite das vagas disponíveis para os imigrantes não-comunitários que queiram trabalhar em Portugal para mais de metade - de 8.600 em 2008 para 3.800 - é uma "cedência política miserável à direita".
"Esta redução não tem nada a ver com um ajuste ao mercado de trabalho. É uma decisão que tem a ver com uma concessão à direita. Uma cedência politicamente miserável que é um sinal gravíssimo porque é assim que se fabricam os medos e se faz dos imigrantes os 'bodes expiatórios' em tempo de crise", criticou Miguel Portas.
Retirado de: LUSA
Publicado por Nuno Teixeira
quarta-feira, 13 de maio de 2009
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Anarquistas concentrados no Politécnico de Atenas.
A polícia grega lançou hoje granadas de gás lacrimogéneo contra os manifestantes do Primeiro de Maio que queimaram pelo menos uma viatura nas ruas do centro de Atenas, dentro de um parâmetro de agitação violenta que também se sentiu em Istambul, Berlim, Hamburgo e outras cidades.
As autoridades helénicas tiveram de lutar contra um grupo de 300 anarquistas que se instalara no Politécnico da capital, depois de mais de 6.000 pessoas terem desfilado de forma pacífica pelas ruas da cidade. Não houve no entanto feridos nem foram efectuadas detenções.
Na Turquia, o centro de Istambul converteu-se de igual modo em cenário de batalha campal, com a polícia a recorrer a canhões de água e a granadas de gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes. A televisão mostrou homens com máscaras a lançarem pedras e cocktails molotov contra a polícia e a partir as montras de agências bancárias e de supermercados.
Em Berlim e em Hamburgo mais de 50 polícias de choque ficaram feridos ao procurar acabar com os violentos protestos contra a crise económica global, tendo-se verificado 57 detenções só na capital.
A Alemanha está a enfrentar a sua pior recessão desde a II Guerra Mundial, devendo a economia regredir este ano seis por cento e o desemprego chegar no próximo ano a cerca de cinco milhões de cidadãos.
O Dia do Trabalhador é normalmente assinalado por comícios e desfiles em muitas cidades e este ano a crise económica está a aumentar o número de participantes em muitos deles, como é o caso da França, onde no entanto a imprensa refere que ao princípio da tarde não havia tanta gente na rua como no último dia 19 de Março.
Em Paris, na Place Denfert-Rochereau, onde o desfile começou, os primeiros a chegar foram os comunistas curdos e as associações tamil, com as suas bandeirolas.
Às 13h00 locais (meio-dia em Lisboa) já tinham desfilado em Toulouse 15.000 pessoas, segundo a polícia, mas os organizadores referiram 40.000. E em Marselha os números eram respectivamente de 8.500 e de 35.000.
Maior envergadura teve a manifestação de Bordéus, uma das 280 que haviam sido anunciadas para toda a França. Seriam umas 50.000 pessoas, atrás do dístico “A crise são eles, a solução somos nós”.
No entender de François Chérèque, da Confederação Francesa Democrática do Trabalho (CFDT), “é certamente o Primeiro de Maio mais importante destes últimos anos. Na província, a mobilização é menos importante do que no 19 de Março, mas já esperávamos isso”.
A antiga candidata presidencial Ségolène Royal desfilou em Niort, na região Poitou-Charentes, com o pessoal da empresa Heuliez, tendo considerado que esta jornada é a ocasião de “combater para que todos tenham trabalho”.
Mais de 10.000 pessoas manifestavam-se entretanto no centro de Madrid; e umas 100.000 participavam no tradicional comício social-democrata austríaco frente à câmara municipal de Viena, onde foi pedida mais “equidade fiscal”.
Quanto ao hemisfério ocidental, o general Raúl Castro Ruz, Presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros de Cuba, assistiu ao desfile que se efectuou na capital, Havana. Estavam presentes 2000 estrangeiros, de 70 países, incluindo o presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, o sacerdote nicaraguense Miguel d´Escoto.
Info de Público
Publicado por Lord SS 14/88
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